domingo, 28 de março de 2010

Justiça

Palavrinha complicada de interpretar.

Para definir, basta ter à mão qualquer dicionário. Mas para praticar, interpretar, aplicar... nossa, que difícil é!

Desde fevereiro os jornais revezam as notícias: caso Jennifer Kloker, caso Isabella Nardoni, Jennifer, Nardoni... surgiu uma agora no final: quem matou a estudante de enfermagem.

E num prazo curtíssimo de um para o outro (menos o de Isabella, claro!), os casos que aconteceram em Pernambuco, logo foram solucionados. E a coisa foi pior do que parecia.

Como o de Isabella, parentes estavam envolvidos.

E esses são os que mais chocam porque a gente acredita que em família, tá tudo em paz. Protegido. Amado.

E é para ser assim!

Mas as pessoas estão tão ... sei lá... tão sem temor a Deus, sem respeito ao outro, um egoísmo tão centrado no material que até virou banalidade certos acontecimentos.

Quer coisa mais triste do que planejar a morte de uma moça, mãe de um bebê de 2 anos (que testemunhou o assassinato da mãe), sendo seu marido um dos algozes, junto com uma pessoa de mente doentia e ambiciosa, sua sogra e ainda com a co-participação do sogro. Trazê-la de outro país, batiza a criança no domingo e na terça-feira seguinte forjam um assalto e matam a moça. Acusam o país de violento e que jamais voltarão a viver num lugar que lhes dá total insegurança. No dia seguinte, vão buscar o corpo da moça, vestidos com camisas estampando o rosto da vítima, fazendo-se eles mesmos de vítimas???

Ah, mas a tal justiça se fez! Aquela que a gente tanto pede. Que venha e seja rápida! A casa caiu e num esforço em conjunto, tudo foi esclarecido. Não demorou nem um mês!

A do caso da enfermeira... moça sai de casa, vai para uma festita da faculdade junto com uma amiga. Lá, resolvem esticar a festa com mais outras pessoas (sendo duas delas seus primos). Vão parar num motel, lá depois de bebidas e otras cositas más, pow!!!... outros ocupantes do motel escutam gritos e tiro... chamam a polícia... chega a polícia e ... caramba! Nada parecia de estranho (pensavam os participantes da “festa”). Mas a polícia, que não é bobinha... deu uma geral no quarto e no carro e... minha nossa! O corpo da moça estava na mala do carro!!

Choque total para a família. Além da morte da moça, saber que os primos mais velhos estavam envolvidos, todos num motel, regado a bebidas e cositas más e, segundo a polícia, foi um suicídio. Não haveria crime maior se eles todos não tivessem limpado as evidências e, pior, ocultado o cadáver.

Em menasos de 10 dias: crime resolvido, todo mundo preso. Agora, só a justiça para saber quem vai pegar o quê.

Já o de Isabella... 2 anos já havia se passado. Uma fofinha de cinco anos que, segundo todas as evidências, foi assassinada pelo próprio pai. Aquele que deveria protegê-la acima de tudo! Uma forma tão, tão triste que não sei muito como me expressar.

Quando lembro disso, me vem à cabeça o pensamento doido de “Meu Deus, será que essa menininha olhou para ele no momento em que foi jogada??”

Bom... foram dois anos para o julgamento deles dois. Do pai e da madrasta. Uma pessoa perdeu a vida. Mas duas famílias estão mortas em vida. A de sua mãe, junto com avós e tio. E a de seu pai. Pois afinal, além da neta morta, ainda tem mais dois - filhos do casal que passará mais de 20 anos preso.

Mas aí é que vem a questão. Se há justiça, e se ela é para todos... por que é que a gente não acredita que eles (todos os criminosos citados nos três casos!) permanecerão o tempo devido pagando seus crimes? Afinal, a justiça sempre abre um recurso ou outro e aí... fora da prisão depois de um tempo.

Quando você pergunta a um “especialista em leis” se tal coisa é possível ele responde: a justiça diz que sim.

Mas não foi na justiça que ele foi condenado? “Sim. Mas veja bem... a lei tal...”

Irc!!

Que venha a Divina!! Só nela eu confio!

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